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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O Valor de uma alma!

"A punição da perda"

Esta começa no mesmo momento em que a alma é separada do corpo; naquele instante, a alma perde todos os prazeres, o desfrute destes depende de nossos sentidos exteriores. O cheiro, o gosto, o toque, não deleitam mais: Os órgãos que ministravam para eles estão destruídos, e os objetos, usados para gratificá-los, foram removidos para longe. Nas regiões sombrias da morte, todas essas coisas são esquecidas; ou, se lembradas, são apenas lembradas com dor; vendo-se que elas se foram para sempre. Não existe grandeza nas regiões infernais; não existe coisa alguma bela, naquelas residências obscuras; nenhuma luz, a não ser das chamas vivas. E nada novo, a não ser uma cena invariável de horror sobre horror! Não existe música, a não ser dos gemidos e berros; dos choros, lamúrias, e ranger de dentes; das pragas e blasfêmias contra Deus, ou reprovações mordazes uns aos outros. Nem existe alguma coisa para gratificar o sentido de honra: Não; eles são os herdeiros da chama e do desprezo eterno.

Assim, eles estão totalmente separados de todas as coisas que eles encontraram neste presente mundo. No mesmo instante, começará uma outra perda, -- de todas as pessoas a quem eles amaram. Eles são arrancados de seus parentes mais próximos e queridos; suas esposas, maridos, pais, filhos; e (o que alguns consideram seja pior do que tudo isto) os amigos que eram com sua própria alma. Todo o prazer que eles desfrutaram uma vez, nestes está perdido, se foi, desapareceu: Porque não existe amizade no inferno. Até mesmo o poeta que afirma (embora eu não saiba, com que autoridade):

            Demônio com demônio condenado,
            Firme acordo mantém.
   
            Isto não afirma que existe algum acordo entre os amigos humanos que habitam o grande abismo.

Mas eles estarão, então, conscientes de uma perda maior do que todas que eles desfrutaram sobre a terra. Eles perderão seu lugar no seio de Abraão, no paraíso de Deus. Até aqui, de fato, não havia entrado em seus corações conceberem o que as almas santas desfrutam no jardim de Deus, na sociedade dos anjos, e dos mais sábios e melhores homens que viveram desde o começo de mundo (para não mencionar o imenso crescimento do conhecimento que eles indubitavelmente receberão, então); mas eles entenderão completamente o valor do que eles vilmente jogaram fora.

Mas, tão felizes quanto as almas no paraíso, eles se preparam para uma felicidade muito maior. Porque o paraíso é apenas o pórtico do céu; e é lá que os espíritos dos homens justos são feitos perfeitos. É no céu apenas que existe a completa alegria; o prazer que está à direita de Deus, para sempre. A perda disto por aqueles espíritos infelizes será a inteireza de sua miséria. Eles reconhecerão e sentirão que apenas Deus é o centro de todos os espíritos criados; e, conseqüentemente, que um espírito feito por Deus não pode ter descanso fora dele. Parece que o Apóstolo tem isto em vista, quando ele falou daqueles "que deverão ser punidos com a destruição eterna da presença do Senhor". Banimento da presença do Senhor é a mesma essência da destruição, para um espírito que foi feito por Deus. E se este banimento durar para sempre, é a "destruição eterna".


            Tal é a perda sofrida por aquelas criaturas miseráveis, sobre os quais aquela sentença terrível será proferida: "Afastem-se de mim, vocês, malditos!". Que maldição inexprimível, se não houvesse outra! Mas! Ai de mim! Isto está longe de ser o todo. Porque à punição da perda, será acrescentada a punição do sentido. O que eles perderam implica miséria inexplicável, que ainda assim, é inferior ao que eles sentem. Isto é o que nosso Senhor expressa naquelas enfáticas palavras: "Onde seu verme nunca morre, e o fogo nunca se extingue".

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